Eu me chamo Joice e estou aqui para contar como tem sido os últimos 6 meses após a perda da minha Maria Júlia. Descobri que estava grávida em março de 2017, e foi uma grande surpresa. Ainda sou noiva, com casa em construção, sem uma formação de nível superior e 23 anos, muitos planos na cabeça. Foi um enorme susto, pois ainda moro com meus tios, meus pais são falecidos e eu devo muito às pessoas que me criaram. Até aqui já deu para perceber o misto de sentimentos que eu tive.
Mesmo assim, desde o teste positivo, ela se tornou o amor da minha vida. Desde o teste eu sabia que era menina! Meu noivo estava sem trabalho e teve que arrumar um às pressas, foi tudo muito rápido. Mas, quando eu percebi, tudo foi se encaixando. Apesar de ter sido uma decepção para alguns da minha família, eles me ajudaram muito, durante e depois da gravidez. Eu ganhei muita coisa.
Aos 6 meses de gestação eu descobri através de uma ultra (eco fetal) que a minha Maju era cardiopata, tinha um problema grave no coração e seria necessária cirurgia após o parto. Eu perdi meu chão, por um instante passou pela minha cabeça perder a minha vida, meu coração estava sendo arrancado! Tentei não pensar, continuei minha gestação com meu anjo lindo na barriga e contando os dias para ver o rostinho dela. Meu chá de bebê foi lindo, minhas amigas de infância vieram, pessoas que eu amo muito.
A médica marcou minha cesárea para o dia 5 de outubro de 2017. Na madrugada do dia 4 para o dia 5, percebi que a minha cachorra, outro grande amor da minha vida, estava passando muito mal e meus tios tentaram não me deixar nervosa, mas eu já estava! Quando amanheceu, tentamos socorrer, mas não deu tempo. Naquele momento eu havia perdido a minha primeira menina, minha Kyra, minha companheira.
Foi tudo muito corrido e fomos eu, meu noivo e meu tio para o hospital, aquele misto de sentimentos havia voltado, mas eu me esforcei para esquecer e agir normal. Chegado o horário, minha médica foi até o quarto, falou dos riscos que minha filha corria e tentou me acalmar ao máximo. Nessa altura eu só havia esquecido de avisar que, desde a madrugada, eu não sentia mais ela mexer, achava normal por conta de espaço, por ser o dia, e foi aí que começou o meu pior pesadelo.
Durante a madrugada em que eu fiquei nervosa com a minha cachorra, minha filha teve uma parada cardíaca e eu não senti nada! Minha filha não nasceu viva, ela morreu dentro de mim. Ainda lembro todos os dias a falta do choro dentro do centro cirúrgico, meu noivo tentando se controlar e eu implorando para ver minha tia. Esse foi o pior dia da minha vida! Eu perdi o maior amor da minha vida, antes mesmo de ganhar.
Já se passaram 6 meses que eu tive o chão aberto sob os meus pés e eu estou reconstruindo esse chão pouco a pouco. Hoje eu já voltei a estudar, estou fazendo o curso na área que eu sempre quis e aprendi muito com a maternidade. Aprendi que tudo que Deus nos dá, ele tira. Às vezes não entendemos os motivos, mas é sempre para o nosso bem!
Eu estou tendo a oportunidade de estudar, de realizar alguns sonhos e me preparando para os próximos filhos. Sim, eu terei outros filhos, e contarei a eles a história da irmã mais velha, que me ensinou o que é o amor!
Quero desde já apresentar o meu pesar pela sua perda… Eu também perdi a minha bebé há 3 meses com uma cardiopatia A minha menina viveu 21 dias era linda maravilhosa… Foi operada com 13 dias e após um pós operatório complicado não resistiu. É uma dor de tal forma avassaladora que quase mata por dentro… Mas a verdade é que a vida continua e nós continuamos aqui a ter que viver e conviver com esta dor. Mas temos que continuar dando um sentido a nossa vida e a homenagear os nossos bebés sempre. Há dias que sou uma força da natureza outros sou um trapo, um caco desfeito no meio de uma dor inigualável mas se a vida continua eu terei que ter força para continuar a vive-la.. Amo-te juliana
São dias difíceis. Demorei um pouco pra ver uma grávida na rua e não chorar. Pra pegar no colo o bebê de alguma amiga e não querer cuidar como se fosse meu. Vai doer sempre, pq eu nunca vou esquecer e nem posso, o maior amor da minha vida e o amor que me fez mudar. Sou uma pessoa melhor hoje, graças a minha Maju!
Perdi meu bebê com 8 semanas de gestação e meu amor por ele ou ela será eterno. Tenho saudades dele ou dela na minha barriga, apesar do pouco tempo que esteve comigo. Tenha certeza de uma coisa: Deus não falhou conosco em tirar de nós nossos amores. Tudo tem seu tempo. E o tempo é dele. Ele nos ensina e nos prepara para seus planos em nossas vidas. É nessa certeza que sigo. Fé sempre.
Também tenho esse pensamento. Deus tem um porque e para que em nossas vidas. Não devemos perder nossa fé!
Que deus possa confortar seu coração, uma perda e sempre muito dolorida mais a perda de um filho e irreparável mais tenha uma certeza essa era a missão dela e hoje ela olha por vc fica bem 😘