O Grupo SobreViver teve início em julho de 2014 após a morte da Marcela, filha de Flávia Cunha e Marcelo Botacini. Em seu processo de luto, Flávia conheceu outras mulheres na mesma situação: todas estavam em luto, de coração partido, porque tinham perdido seus bebês durante a gestação, no parto ou na UTI neonatal.

Juntas, elas começaram a se encontrar para falar de suas experiências. Conversavam e percebiam o quanto isso fazia bem. Choravam juntas, riam juntas, lutavam juntas. Foi dessa experiência de apoio mútuo que surgiu o SobreViver.

Estas mães em luto perceberam o poder de compartilhar a dor e como isso era curativo. Dessa forma, surgiu a vontade de levar este apoio a outras mães e pais, criando uma página no Facebook onde pudessem escrever sobre suas dores, seus filhos, suas saudades, suas pequenas vitórias no dia a dia.

Quase um ano depois, em setembro de 2015, aconteceu o primeiro encontro presencial do SobreViver aberto às mães que seguiam a página do Grupo no Facebook e, desde então, o acolhimento permanece sendo uma das principais bases.

Os encontros presenciais do SobreViver acontecem em Campinas, sempre aos sábados no período da tarde e o convite é aberto a mães, pais, avós, tios e outros familiares impactados pela morte do bebê.

O SobreViver não é um grupo terapêutico e sim de apoio. São mães enlutadas apoiando outras mães enlutadas e cabe às mais experientes acolher, apoiar, escutar, validar e incentivar as mães que chegam e também formá-las, durante sua trajetória e se for do seu interesse, para acolher outras mães no futuro. Os encontros são de apoio mútuo e não substituem acompanhamento psicoterapêutico ou médico.

 

Nosso propósito

O Grupo SobreViver tem como propósito acolher mães e familiares após a perda gestacional ou do recém-nascido e oferecer apoio para enfrentarem o processo de luto.

O SobreViver se apoia em três pilares:

1) apoio e acolhimento;

2) escuta e validação dos sentimentos; e

3) encorajamento para vivenciar o luto de maneira saudável.

Com um bom relacionamento com maternidades, médicos e outros profissionais de saúde da região, muitas vezes o Grupo é chamado para visitar e oferecer apoio a mães que ainda estão internadas e viveram uma perda recente. O SobreViver também auxilia profissionais da saúde orientando sobre a melhor forma de acolher no momento da morte de um bebê, o que dizer e como agir para não machucar ainda mais quem já está tão vulnerável.

O Grupo também se propõe a divulgar o tema da perda gestacional e neonatal por meio do seu site e redes sociais, falando sobre a importância de vivenciar o luto e tudo o que pode, direta ou indiretamente, ajudar no acolhimento de quem vive esse tipo de perda que é bastante minimizada pela sociedade.

 

Em 2017, uma equipe do Portal R7 gravou um vídeo com o SobreViver contando um pouco da nossa história e falando sobre como esse grupo é importante na recuperação de mães e pais que viveram a perda gestacional. Confira abaixo: