Já faz algum tempo que acompanho os depoimentos e finalmente criei coragem para contar sobre meu príncipe Arthur.
Em 2015 fizemos um ano de casados e decidimos aumentar nossa família, queríamos ter essa alegria em nossas vidas, e então em junho de 2015 tivemos nosso sonhado positivo. Foi tudo tão surreal pois eu sempre imaginava como seria a sensação de estar grávida e estava tudo acontecendo de verdade, eu tive muitos enjoos, mas até então era tudo normal. Quando estava com 8 semanas, tive um descolamento do saco gestacional e tive que ficar em repouso absoluto, foi a primeira vez que senti um medo muito grande na minha vida, um medo de tudo acabar, de tudo dar errado, mas com repouso e medicação o descolamento sumiu e meu príncipe estava bem e se desenvolvendo perfeitamente, eu continuava com enjoos mas seguíamos planejando o quartinho dele, fazendo enxoval, escolhendo o nome e imaginando como seria a vida depois da chegada dele.
Escolhemos o nome Arthur, decoramos o cantinho dele e tudo que falávamos era sobre o Arthur, ele já tinha apelido na família e já imaginávamos como seriam os Natais com ele no meio dos priminhos. O Arthur estava bem, todos os morfológicos mostraram que estava tudo bem, ele crescia e ganhava peso a cada semana.
Com 26 semanas ele chutava muito e chutava todos os dias, era rotina o papai perguntar se o bebê tinha chutado muito durante o dia.
Então um dia o papai perguntou se o bebê havia chutado muito e nesse dia ele não tinha chutado nenhuma vez, eu estava preocupada, mas achei que talvez ele estivesse dormindo. Decidimos ir ao pronto socorro para verificar se estava tudo bem com nosso príncipe.
E foi no final janeiro de 2016 que meu coração parou e nunca mais bateu normal de novo. Eu ainda sinto o mesmo gelo na barriga quando me lembro das luzes do corredor do PS, daquela sensação de que algo não estava certo, de não conseguir falar, piscar e nem me mexer. Eu sabia que o aparelho que a médica usou para escutar o coração do Arthur não estava com a pilha fraca, como ela havia dito. Eu simplesmente sabia, era algo dentro do meu coração, eu tinha aquele sentimento de tristeza que não me deixava acreditar que estava tudo bem.
Então estávamos ali, eu e meu marido de mãos agarradas esperando para fazer o ultrassom. Entramos na sala, o médico começou o exame e tudo era só silêncio, não havia som, não havia batimentos, ele olhou para nós e falou: meus pêsames, mas seu bebê veio a óbito. E saiu da sala. A assistente voltou para nos dizer que precisaríamos voltar com a médica e que ela iria explicar os procedimentos para o parto.
Eu não estava acreditando, na verdade eu não estava aceitando, eu estava sem chão, sem direção e com o coração paralisado. Voltamos com a médica e ela explicou um monte de coisas sobre induzir o parto, sobre internação, mas eu não consegui prestar atenção em nada do que ela falava. A maternidade não tinha quartos disponíveis, fomos para outro PS para tentar fazer outro ultrassom. Era outra sala de espera e mais uma maternidade sem quartos disponíveis.
Então saímos de São Paulo e fomos para Sorocaba, cidade onde meus pais moram e onde havíamos planejado ter nosso Arthur. Fomos para maternidade que tínhamos visitado um dia antes e a chefe da hotelaria nos recebeu com muito amor, assim como no dia anterior. Fiquei internada por uma semana, uma semana usando medicação para induzir o parto. Eu tive contrações, dores e tive que fazer força para ter o meu bebê, mas meu coração doía muito mais que as dores do parto. Eu tinha muito medo de ter parto normal, mas passei por ele e não doeu tanto quanto eu imaginava.
No dia 29/01/2016 nasceu meu Arthur, tive ele em pé no corredor do centro cirúrgico. Ele nasceu dentro da bolsa, consegui ver por ela o redemoinho em seu ombro. Depois me levaram para uma sala e logo trouxeram ele. E ali estava meu Arthur de olhinhos fechados, rostinho sereno, segurei sua mãozinha, apertei ele em meu colo na tentativa de parar o aperto maior em meu peito, dei ele para o papai segurar e ficamos um tempo com ele e depois ele foi levado. Quando meus pais chegaram na maternidade, eles permitiram trazer ele para que os avós pudessem ver o netinho. No dia seguinte velamos e enterramos nosso pequeno.
Até hoje não sei o que houve, não teve exame que explicasse o que aconteceu. E esse foi meu sonho chamado Arthur, eu não sei como fiz para seguir em frente, eu coloquei em minha cabeça que meu pequeno não iria querer me ver triste, mas há dias em que sinto saudades e sinto necessidade de falar dele, de falar o nome dele, ele esteve aqui, ele foi real e ainda é em meu coração.
Hoje o Arthur tem um irmãozinho de um ano chamado Noah e, quando me perguntam se eu só tenho ele, respondo que sou mamãe de anjo e que o Noah é meu bebe arco-íris. Mas não conto toda a história, as pessoas não querem escutar.
Escrevi esse depoimento para que de alguma forma meu Arthur fique eternizado, para que as pessoas saibam que ele existiu e para que elas entendam que um filho não substitui o outro. Após a perda de um filho existe um seguir em frente, existe um amor que fica guardado para sempre e uma saudade infinita.
Te amo para sempre, meu príncipe!
Olá, Stephanie …
Compartilho de sua dor e saudade.
Hoje fazem 23 dias que o amor da minha vida partiu … minha doce e iluminada Sarah.
Uma gestação maravilhosa e faltando 2 dias ela partiu, no meu caso ela se enrolou no cordão umbilical.
Meu Deus, peço forças … como dói.
Exatamente, um filho nunca substituirá o outro.
Sarah tem 2 irmãozinhos estrelinhas no céu que também partiram com semanas de gestação.
Nesse momento estou em pedaços, mas tenho fé que também terei o meu ou minha bebê arco-íris 🌈.
Deus abençoe todas as mãezinha de anjos.
Amém
Meus sentimentos mãezinha Viviani e mãezinha Stephanie! Seus anjinhos com certeza ficaram eternizados em seus corações e aí eles vivem! Com toda força do amor que vocês sentem por eles… nossos corações, de outras mamães, está o sempre com vocês! Que Deus as abençoe e que vocês possam realizar o sonho que tanto desejam.
Nossa, lendo sua história, me vem a minha, chega os dias que antecedem o dia das mães e me vem um misto de alegria e triste, hoje tenho minha bebe arco iris Antonella, mas lá no céu esta minha primogênita Laura, que dor, mês que vem faz dois anos que ela se foi, como dói, ainda dói.
Tive pré eclpamsia grave e precoce, devido a uma doença chamada Trombofilia, que até então não sabia que tinha, quase morri, tive que retira-la do meu ventre com 26 semanas, já com centralização de fluxo, diástole zero e restrição.
Minha guerreira lutou muito dentro de mim e fora também, lutou 7 dias na UTI, e foi com Deus.
Vivi experiencias sobrenaturais na UTI ao lado da minha princesa.
Como dói, meu Deus.
Minha princesinha Antonella tem 8 meses a amo mais que a mim mesmo, mas, a dor da perda da minha anjinha Laura ainda continua.
Nossa, lendo sua história, me vem a minha, chega os dias que antecedem o dia das mães e me vem um misto de alegria e triste, hoje tenho minha bebe arco iris Antonella, mas lá no céu esta minha primogênita Laura, que dor, mês que vem faz dois anos que ela se foi, como dói, ainda dói.
Tive pré eclpamsia grave e precoce, devido a uma doença chamada Trombofilia, que até então não sabia que tinha, quase morri, tive que retira-la do meu ventre com 26 semanas, já com centralização de fluxo, diástole zero e restrição.
Minha guerreira lutou muito dentro de mim e fora também, lutou 7 dias na UTI, e foi com Deus.
Vivi experiencias sobrenaturais na UTI ao lado da minha princesa.
Como dói, meu Deus.
Minha princesinha Antonella tem 8 meses a amo mais que a mim mesmo, mas, a dor da perda da minha anjinha Laura ainda continua.
Boa noite sei como doi perder um bb tão esperado tão amado desde concebição, perdi meu Luís Eduardo em junho do ano passado com 23 semanas de gestação. … agora estou esperando meu bb arco íris e sei que vai da certo em nome de.Jesus. amem