Um ano de sua chegada e também de sua partida.
Como tributo à sua breve, mas intensa existência comigo, usarei sempre esse pingente que nos representa tão bem, uma amorosa e delicada forma de eternizar nossa sublime ligação.
Conviver com a inversão da ordem natural da vida não é fácil, mas tenho tentado ser resiliente. Os momentos de angústia, de revolta, de choro desesperador, de insanidades, de pensamentos em desistir de tudo e de falta de fé existiram e como existiram, mas Deus, na sua infinita misericórdia, sustentou-me.
Tive um incalculável auxílio espiritual e também terreno de amadas pessoas mais próximas a mim e de brilhantes profissionais de saúde, cada um se doou por inteiro em meu auxílio, em especial meu esposo e meus pais.
O choro pela ausência da Helena continuamente existirá e, seja pelo que for, quando eu chorar, a primeira lágrima que derramar, sempre dela será.
Hoje, sinto-me leve e conhecedora da suprema força interna que existe em mim, que até então não conhecia. Pretendo seguir o restante da minha jornada terrestre com a alma e a mente serenas, com a certeza de que, se para minha evolução e para evolução da Helena, eu precisava passar por tamanha provação, tudo bem, aceito com resignação!
Helena, meu anjinho da guarda, sempre amada, jamais será esquecida!