Meu nome é Débora, tenho 29 anos e vou compartilhar com vocês um pouco da minha história.
Não tem sido fácil, não está sendo fácil, mais creio num Deus Vivo que tudo pode.
Recebi algumas mensagens dizendo: nossa, nem sabia que você estava grávida! De quantos meses você estava? Vou relatar um pouco da minha história para quem não conhece.
Eu não sabia que estava grávida. Foi uma surpresa. Quem me conhece sabe do meu desejo em ser mãe. E sabe também de um problema para engravidar que eu descobri aos 23 anos. Ou seja, eu só engravidaria por um tratamento ou por um milagre de Deus.
No sábado, dia 15 de julho de 2017, eu acordei pela manhã com uma cólica e quando fui ao banheiro percebi que estava sangrando. Pensei que estava menstruada e jamais passou pela minha cabeça que eu poderia estar grávida.
À tarde fui tomar um banho e foi quando tudo começou. Comecei a ter uma hemorragia e perdi muito sangue. Me levaram para o hospital onde, após ser examinada pela médica de plantão, ela me questionou se era possível eu estar grávida. Então eu disse eu seria impossível, contei sobre o suposto problema e disse que tomava anticoncepcional.
Após me examinar ela disse que pediria um exame de sangue para tirar a dúvida de uma suposta gravidez e receitaria um remédio para acabar o sangramento, para eu tomar em casa, pois não tinha o que ser feito.
Fiz o exame de sangue e esperei. As horas foram passando e nada do resultado sair, quando eu resolvi ir ao banheiro e percebi que a hemorragia não parava. Eles me colocaram na maca e a médica apareceu com o resultado do exame em mãos e disse que era um positivo.
Naquele momento meu mundo parou. Mesmo sangrando, naqueles poucos segundos, eu me senti realizada e sorri. “Mãe, eu estou grávida”. Com lágrimas nos olhos, minha mãe disse: “Se você está, você perdeu, filha”.
Um tapa na minha cara. Entrei em choque e comecei a chorar desesperadamente. O meu sonho estava morrendo e comecei a perguntar a Deus o porquê…
Fui levada para a maternidade, me colocaram sozinha numa sala fria e tive que aguardar, pois a médica estava fazendo um parto. Enquanto eu fiquei ali, naquela sala fria e vazia, meu mundo desabou sobre mim. Foram os 40 minutos mais longos de toda a minha vida. Cada gota de sangue que eu perdia era uma lágrima derramada e ali eu via o meu sonho morrer. Eu estava perdendo o meu maior sonho e eu não podia fazer nada.
De repente o meu choro foi interrompido por outro choro. O choro de um bebê que na sala ao lado acabava de vir ao mundo. A dor era inevitável e o meu choro tomou conta daquela maternidade. Eu queria sair dali, achei que era um pesadelo e que eu iria acordar.
Vi que realmente não era um pesadelo quando a médica me examinou e disse que meu bebê estava com 6 semanas. Pedi o anestesista porque não queria ver nada e queria dormir. Mas me disseram que era impossível e que eu teria que fazer o procedimento acordada. Para mim já era o fim: além de perder o meu filho ter que assistir tudo que eles iam fazer.
O aborto é uma situação muito ruim, muito triste, rasga a alma. Mas não importa se foram 36 semanas ou 6 semanas, uma perda é sempre uma perda.
A palavra aborto é pequena e fácil. Mas a morte do meu bebê é única e terrível. Vai levar um tempo até que eu descubra como conviver com isto.
9 meses se passaram e é muito difícil imaginar que era para o meu bebê está aqui comigo… Decidi que no dia 15 de julho desse ano vou fazer uma homenagem ao meu bebê e fazer uma tatuagem. É uma forma de ter ele por perto.
Minha história mostra que diagnóstico não é destino e nosso sonho é possível, sim. Um beijo a todas as mamães guerreiras que, assim como eu, lutam para sobreviver.
Passei por isso também doi mto tive 2 abortos espontâneo no começo da gravidez o ultimo foi de 6 semanas também vai fazer um mês que perdi meu bebê vejo as grávidas na rua fico imaginando eu com a barriga daquele tamanho. Não posso ver um bebê sinto vontade de chorar meu sonho é ser mãe cada vez sinto mais distante esses sonho pois tenho 39 anos mas sei que pra Deus nada é impossível. Mês que vem vou fazer uma tatuagem em homenagem aos meus anjinhos.
Sinto muito a sua perda. Mas uma coisa lhe digo, esse procedimento foi errado, eu sofri o aborto retido, significa que o coração do bebé parou e o meu corpo nao rejeitou, não tive perdas nenhumas, só demos conta na ecografia seguinte, ele morreu às 9 semanas e o medico viu às 12. O meu obstreta propôs logo fazer curetagem no dia a seguir e com anestesia geral para eu nao ver, nem sentir e muito menos ouvir o procedimento. Foi muito melhor assim. Claro que tive dores a seguir e durante meses chorei esta perda, voltei a engravidar 7 meses depois e hoje tenho um menino lindo de 14meses. Nao desista do seu sonho de ser mãe porque vale a pena!