Sempre tive o sonho de ser mãe. Gerar sempre foi um dos maiores objetivos da minha vida. Isso também se tornou sonho do meu marido. Casamos e pouco antes de completarmos 2 anos de casados decidimos que era hora. Mas o que não sabíamos era que seria um processo um pouco demorado. Fui diagnosticada com SOP. Iniciamos tratamento em abril de 2018 e, depois de longos 9 meses, 2 dias antes do meu aniversário, veio o nosso TÃO SONHADO POSITIVO.
Que alegria, que emoção! Nosso sonho que já estava sendo gerado em nossos corações mesmo antes da concepção, já estava no forninho. Comemoramos, choramos, pulamos. Foi um misto de sensações e sentimentos. Mas… Mal sabíamos que, poucos dias depois da descoberta, nosso sonho seria interrompido. Perdemos nosso pacotinho. Que já era de MUITO, MUITO amor.
Dói, dói MUITO!
Agora sei o quanto é difícil e o quanto as pessoas ignoram nosso luto.
Mas, embora a gente nunca esqueça, eu CREIO que com o tempo a esperança vai tomar o lugar da dor. TUDO VAI FICAR BEM!
Foram 2 dias chorando muito sem acreditar e aceitar. “Por que meu Deus?”, questionava eu.
Já não lembro mais da dor física, lembro apenas do medo que senti e a dor por estar perdendo o meu tão sonhado, tão desejado, tão amado pacotinho. Entre as muitas lágrimas eu pedia a Deus que, se possível, deixasse meu “grãozinho” comigo. Foi inútil!
Quando fomos fazer a ultra naquela madrugada de sexta, o que eu mais temia já tinha acontecido, meu bebê já não estava mais comigo. Não havia mais nada que eu ou os médicos pudessem fazer pra segurar a minha gestação. Foi o PIOR dia da minha vida, QUE DOR! NA ALMA, NO CORAÇÃO. Uma mãe NUNCA deveria perder o seu filho ainda que ele seja um grãozinho de feijão como o meu, a dor que se instala na alma é muito pior do que as dores do corpo. Eu estava ali sem poder fazer nada, chorando e orando enquanto o meu corpo não media esforços para expulsar aquele ou aquela que já era a razão da minha vida.
Embora isso aconteça com muitas mulheres até o 3°mês da gestação, nunca pensei que isso aconteceria comigo, estava tão feliz.
Quando você planeja um filho, você pensa que sabe o que vai sentir, mas na verdade não fazemos ideia de quão maravilhoso é estar grávida. Eu me preparei por meses para quando estivesse grávida, mas eu NUNCA me preparei para perdê-lo.
A dor é muito grande e incomparável…
Sei exatamente o que sente e deixo aqui os meus sinceros sentimentos! A dor de perder um filho é imensurável, indiscutível. Sinto tanta falta da minha Lis que nem sei o que fazer as vezes…
Sinto muito por vc, sei o quanto é devastador. Passei por essa dor duas vezes e mudei muito depois disso. Sinto falta dos meus bebês e acho que essa saudade do que não vivemos nunca vai passar. Sinta meu carinho, sinto muito mesmo.
Hoje faz 3 semanas que uma ultrassonografia confirmou o que eu já temia após a primeira consulta com a obstetra: o embrião não havia evoluído, estava muito pequeno (por volta de 2mm) para as 9 semanas de gestação e sem batimentos cardíacos. Há duas semanas, fui internada para fazer uma AMIU (aspiração manual intrauterina) para a limpeza do útero, da qual me recuperei muito bem. Aguardo a consulta com minha obstetra no final desta semana para saber quando poderei retomar as tentativas.
Eu entendo perfeitamente os sentimentos da Jéssica. Embora não tenha tido SOP, passei 10 meses tentando engravidar até conseguir o positivo em fevereiro deste ano. A gente sabe dos risco de perda gestacional no primeiro trimestre e, por isso, acaba não contando pra ninguém sobre a gestação neste período. Porém, a gente nunca imagina que irá passar pela perda e não está preparada para sofrer esse luto sozinha.
Tenho lido muito sobre interrupção da gestação no primeiro trimestre e as chances de engravidar novamente após o aborto. Os dados estão a nosso favor, pois a ocorrência de um aborto na fase inicial é bastante grande e geralmente as mulheres conseguem engravidar depois e têm gestações saudáveis. É nesses dados que tento me apegar todos os dias para não perder a esperança. Espero que, em breve, possamos superar nossas perdas e tenhamos nosso sonho realizado,
Forte abraço a todas !
Eu tô passando por isso, só que um pouquinho diferente, tb descobri meu positivo 2 dias antes do meu aniversário, mas foi no dia do meu aniversário que descobri que algo estava errado meu beta HCG tinha caído ao invés de subir, falei com a obstetra e ela tirou minhas esperanças. Chorei muito, estou há 1 ano tentando engravidar e foi meu primeiro positivo! Isso tem 2 semanas e até agora eu ainda não abortei, sinto cólicas, meus seios doem mas nada acontece. Faço exames de 2/2 dias pq não consigo acreditar que vou abortar mas o meu beta HCG ou fica estável ou cai um pouco. As minhas opções são gravidez tubária ou anembrionaria, estou aguardando o ultrassom conseguir fechar o diagnóstico. Eu ando tão triste que não tenho nem palavras pra escrever…
Será que um dia essa dor vai melhorar?
Tenho 30 anos, SOP, utero Bicorno entre outros problemas de saúde, 5 anos tentando, passando em especialista, ouvindo que não conseguiria, que eu teria que tirar as trompas, que sem a FIV seria impossível, na manhã de Natal de 2024 descobri em um ” desencargo de consciência ” meu positivo, todo vez era sempre negativo, fiz o teste pois tinha atrasado e por eu fazer tratamento sempre descia certinho, e ia viajar pra praia, queria saber certinho… então veio a notícia mais feliz da minha vida, uma mistura de sentimentos, agradeci tanto por conseguir, por ser escolhida, meu marido ficou tão feliz, tentávamos a tanto tempo… ja iníciei o pre natal e tive um sangramento leve rosado, que no hospital falaram que era normal, os sintomas que eu sentia no início da gravidez sumiram, fiz ultrassom pra saber se estava no local certo, e me pediram para fazer repouso absoluto e utilizar o utrogestan, quase 4 semanas se passaram e fui fazer outro ultra pra ouvir o coração que ja devia estar a todo vapor… Mal sabia que seria o pior dia da minha vida, la descobri que a gestação não tinha evoluido, meu mundo desabou, fui ao hospital e decidimos esperar em casa para ser da forma mais natural possível, além da dor do luto, da alma a do corpo me pegou desprevenida pois falaram no hospital que era uma colica menstrual normal, não a contração do parto, eu chorava tanto, além de passar por essa dor que não consigo nem explicar, ainda não ter meu bebê comigo. É uma dor que não passa, é sentir falta de alguém que não conheci, é sentir falta do que não vivemos, e sentir falta do que iamos viver, do imaginar, não saber o porquê!!! To tentando melhorar, mas como? Se toda vez me pego chorando, sonhando, sentindo falta. Não contei pra muitas pessoas, so para os meus pais e sogros da gestação, era pra ser primeiro filho, neto, bisneto, sobrinho… mas agora esta no céu, nosso anjinho. E se Deus quiser nós iremos melhorar e conseguir nosso bebê com saúde em nossos braços. Mas nosso anjinho sempre estará em nossos corações e sentiremos sempre falta dele e de tudo oque não vivemos.
Para todas as mães, pais e familiares que ja passaram por isso, eu peço a Deus que conforte o coração de vocês e o nosso também, ele e Nossa Senhora (para quem crê) são os únicos que podem ajudar nessa hora.