3 anos, 10 meses, 25 dias, 1 hora e 46 minutos. Um sufoco tomou conta de mim…
Já não era para estar com o peito mais leve? Respirando melhor, com os pensamentos em outra coisa? Vivendo plenamente 2018? Por que estou em 2014?
Vagueando aqui entre dores e lembranças, onde a sensação de estar ruindo me toma inteira. Cada pedaço de mim desmorona nesse minuto.
Cansada, exausta, com o coração apertado e me pergunto: ainda isso?
Então me lembro que nem todos os dias são assim. Quase todos são leves, cheios de cor, de um amor que me renova todos os dias. Mas hoje ele trouxe junto a dor. Que me joga na cara quanta falta você me faz, filha. Que me arrebenta o peito e mostra tua ausência aqui.
As lágrimas não dão conta de colocar tudo isso para fora. Talvez nem as palavras deem. Talvez só o tempo mesmo para me mostrar que é o meu melhor amigo. Que a cada dia novo, a minha vida vai sendo reconstruída. Mas dói! Muito! Demais!
Tempo que sabe ser cruel, pois conforme passa me coloca mais longe da última vez que te vi e que te abracei. A última vez que senti seu cheiro, que te segurei em meu colo. Que te aninhei junto a mim. Tempo esse que eu quis que parasse ali. Para sempre. Para que nunca te levasse de mim.
E esse mesmo tempo que me feriu, me cura, me renova, me levanta. E hoje me machuca.
Devolve, impiedoso, a dor do primeiro minuto em que teu coração parou. E o meu também. Mas numa fração de segundos, meus batimentos retornaram. A contragosto. Porque os teus… não.
Tempo que me mostra o quanto ainda te amo e sempre vou amar. Não importa quantos dias, nem quantas horas. Nem onde vou estar…
Você estará comigo onde quer que eu vá!
Te amo, Amora!