Meu nome é Felipe, conheci o grupo pelo celular da minha esposa Camila. É por ele que estou digitando, enquanto meus amores já dormem depois de um dia agitado, e olha que ainda são 20:30h. Maria Vitória descansa rumo a mais uma noite tranquila de sono.
Nossa história tem como protagonista nosso filho Miguel, eterno anjo que mudou nossas vidas.
Era 9 de março de 2015 e Camila já estava de 40s1d de uma gravidez supertranquila, quando ao amanhecer não conseguíamos sentir o bebê mexer e nem eu conseguia sentir o coraçãozinho bater por fora da barriga, como eu adorava fazer.
Até o momento em que fomos ao hospital e, lembrando como se fosse hoje, o Dr. disse que não conseguia ouvir o coração. E assim confirmou-se por um ultrassom. O mundo desabou em nossos ombros.
Foi a placenta que descolou, sem uma gota de sangue, mas sim com um coágulo quase que do tamanho do Miguel. Tentaram ainda induzir o parto normal, mas sem sucesso e com sofrimento. Por fim, cesárea feita.
Perguntaram-nos se gostaríamos de ver o bebê. Respondemos que sim sem titubear.
E, para mim, foi o que reduziu muito a nossa dor. Pois há um parto, há uma criança. Perfeito, lindo, um anjo 👼. Não perdemos nosso filho, pois sabemos exatamente onde ele está: ao lado do Pai e em nossos corações.
Por tempos foi difícil até mesmo rezar, pois as lágrimas caíam com extrema facilidade. Mas Deus é misericordioso e nossa vida hoje tem Maria Vitória (1 ano e 10 meses), nossa segunda filha, amada tanto quanto nosso Miguel.
Além disso, Camila está grávida do nosso terceiro filho, mais um menino.
A tristeza dura até o dia em que aparece um motivo para sorrir.
Olá, sou Fátima, nova no grupo. Vi seu depoimento que me deu um pouco de esperança, pois minha vida tem sido difícil desde a partida do meu Davi. Ele nasceu prematuro de 29 semanas, mas não resistiu… Ainda choro muito a dor desta perda e lembro de cada detalhe do parto ao óbito. A sensação de ir pra casa com os braços vazios é terrivelmente inexplicável… Vocês são pessoas de coragem e força. Parabéns pela sua vitória. Também quero um dia poder contar minha história aqui.
Perdi minha Elisa há 4 dias, com doze dias de vida, depois de uma infecção na UTI neonatal. Meu Deus, que dor insuportável, que vontade de fazer o tempo voltar e salvar minha filha! É uma realidade dura demais. Não sei se minha esposa vai ter coragem para tentar novamente, está sendo muito traumático. Mas sempre foi nosso sonho de vida! Felipe, como foi a segunda gravidez de vocês? Vocês não tiveram medo de que acontecesse de novo? Se puder me responder ficaria muito grato.